Contudo, a vida para além desta vida está no cerne da fé e da esperança cristãs. Professamos continuamente, toda vez que recitamos o Credo, por exemplo, crer na vida eterna e na Ressurreição. A Ressurreição que nos é prometida não é aquela da filha de Jairo (Mc 5, 21-43; Mt 9, 18-26; Lc 8, 40-56) ou de Lázaro (Jo 11, 1-54), que retornaram a esta mesma vida. A vida que nos aguarda é aquela de Cristo, uma vida totalmente nova, mas que não apaga nossa humanidade, nem prega uma existência eterna sem corpo. Assim como Maria, assunta aos céus, está plena perante o Senhor, todos nós também estaremos.

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A Páscoa é um momento especial para reavivar em nós a esperança no mundo futuro, que dá densidade e sentido à nossa vida presente. E também nos torna lúcidos: não nos permite enganar pensando que a felicidade plena seja alcançável nesta existência, em suas condições. E isso, por mais que o mundo deseje nos convencer de que o gozo terreno é o ponto alto da existência humana.

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Cristo é o primeiro ressuscitado; “primícias dos que morreram” (1 Cor 15, 20). Nele, reside nossa esperança de Ressurreição.

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Bom tempo pascal!