Que bom, podemos dizer, que não faltam compromissos e trabalhos. E sabemos que eles tendem a se intensificar “após o carnaval”. Mas, providencialmente, no momento em que nossos compromissos se avolumam, temos a graça de viver o Tempo da Quaresma: momento de voltarmo-nos ao essencial, prepararmo-nos para a celebração do Mistério Pascal; em suma, tempo de não descuidarmos da oração e dos sacramentos.

 

Sempre apreciei o costume, de origem monástica, da Igreja da Inglaterra, de oferecer aos seus fiéis a leitura de um texto especialmente preparado para a Quaresma de cada ano. A cada ocasião, o Arcebispo da Cantuária convida um teólogo(a) para escrever um livro nesta intenção. Também entre nós, muitos confrades me falavam, em fevereiro, sobre o livro que haviam escolhido para sua leitura espiritual na Quaresma. É justamente quando os compromissos se avolumam que não podemos esquecer da importância e da dignidade da oração e da vida espiritual e sacramental.

 

Os jornais estão cheios de notícias preocupantes. Não faltam surpresas negativas em nossas comunidades e famílias. Não poucas vezes, o cansaço e a tristeza nos assaltam, sobretudo em meio a tantos compromissos. Justamente por isso, providencialmente, a Campanha da Fraternidade nos convida a refletir sobre a Ecologia Integral e o tempo quaresmal a não deixar de lado o caminho de conversão. São José, Patrono da Igreja, exemplo de homem justo e trabalhador, cuja festa celebramos em breve, possa interceder por nós.

 

A todos um bom tempo quaresmal.